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Burnout: sintomas e ações

 As doenças ocupacionais são uma realidade e estão presentes nas empresas. Um ambiente estressante gera consequências que podem ser irreversíveis na vida de um colaborador, por isso é de suma importância que os líderes e gestores estejam atentos ao bem-estar de seus colaboradores.

O estresse ocupacional é uma realidade em muitas empresas, além disso, é uma preocupação no ambiente de trabalho pelo mundo. É considerado como um dos riscos mais sérios ao bem-estar psicossocial do indivíduo. Além de ser um problema que causa transtornos ao profissional, causa também malefícios à empresa, uma vez que, para o desenvolvimento da empresa é preciso ter colaboradores saudáveis, elevando a empresa a níveis competitivos.

É importante ressaltar que uma situação pode ser considerada como estressante para uma pessoa e para outra não, isso depende da capacidade de cada uma de lidar com situações pressão, desafios e conflitos.

O Burnout, por exemplo, está relacionado à absenteísmo, queda de produtividade, aumento do risco cardiovascular, alterações fisiológicas e metabólicas, associação com ansiedade e, em especial, depressão, além de abuso de álcool entre tantas outras.


SEGUNDA ETAPA: Considere a situação problema da atividade:

Joseph, de 35 anos, é casado, pai de três filhos e trabalha há cinco anos em uma das principais lojas de brinquedos de sua cidade, onde ocupa o cargo de serviços gerais. Suas responsabilidades incluem a organização diária da loja e o reabastecimento das prateleiras, além de manter boas relações com clientes e colegas de trabalho. Recentemente, surgiram problemas relacionados ao seu comportamento. O gestor da loja começou a receber queixas frequentes dos colegas sobre mudanças negativas no comportamento de Joseph. Eles relataram que ele tem se distanciado da equipe e demonstrado irritação com os clientes, muitas vezes respondendo de maneira áspera e, em alguns casos, até quebrando brinquedos próximos a ele como forma de expressar a sua raiva.

Além disso, o colaborador tem mostrado impaciência com as crianças, proibindo-as de retirar os brinquedos das prateleiras sem a autorização da gestão, alegando que isso desorganiza a loja e aumenta seu trabalho.

Diante dessas reclamações, o gestor passou a observar Joseph com mais atenção e notou que, além dos problemas mencionados, ele estava acumulando faltas não justificadas. Com base nessas observações, ele decidiu reunir as informações e o convocar para uma conversa direta, na qual apresentou suas preocupações e as evidências coletadas.

Durante a conversa, Joseph se abalou bastante, até chorou, o que deixou o gestor ainda mais preocupado. Aos poucos, ele conseguiu recuperar o controle e expressou seus sentimentos de insatisfação e frustração. Mencionou que seu estresse poderia estar relacionado às noites mal dormidas devido a enxaquecas constantes e outros problemas de saúde. Joseph apontou sentir-se desvalorizado, frustrado por estar no mesmo cargo há tanto tempo e perceber que os seus esforços não eram reconhecidos.

O gestor, ao considerar todas as informações fornecidas pelo colaborador e pelos colegas, começa a suspeitar que o quadro pode estar relacionado ao Burnout, embora ainda não tenha certeza sobre essa conclusão.



Terceira etapa: REALIZE e ENVIE a atividade solicitada.

Seguindo a situação do problema acima, o seu papel nessa atividade será:

A) Observar minunciosamente o case e auxiliar o gestor a identificar no mínimo 4 sintomas no comportamento de Joseph que condizem com a exaustão emocional e de despersonalização que são os aspectos básicos da síndrome de Burnout.

B) Pense nas estratégias mais adequadas para o enfrentamento dessa síndrome e conforme os estudos realizados, indique e explique 3 estratégias organizacionais que você como gestor(a) faria para intervir positivamente em caso de ser constatado que Joseph está realmente sofrendo de Burnout.

C) Imagine-se vivenciando as mesmas condições que o colaborador enfrenta e, a partir dessa premissa, elabore um texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, respondendo ao seguinte questionamento: o que você faria como estratégia individual de enfrentamento de seus problemas?


INICIE SUA RESPOSTA AQUI:

Sintomas no comportamento de Joseph relacionados à síndrome de Burnout


1. Irritação com os clientes e colegas:

Joseph tem demonstrado irritação e reatividade emocional, como quando responde de maneira áspera aos clientes. Esse comportamento está relacionado ao sintoma de despersonalização, que é um dos aspectos centrais do Burnout. A pessoa começa a se afastar emocionalmente do trabalho e dos outros, tratando as pessoas de forma impessoal ou indiferente.


2. Distanciamento da equipe:

O colaborador tem se afastado dos colegas de trabalho, uma manifestação do efeito de despersonalização, em que a pessoa sente dificuldade em manter relações sociais positivas e se isola do grupo. Esse distanciamento também pode ser um reflexo da exaustão emocional.


3. Faltas não justificadas:

A falta de compromisso com o trabalho, refletida nas ausências sem justificativa, é um sinal claro de exaustão emocional. Quando alguém está em burnout, perde a motivação para ir ao trabalho e cumprir suas responsabilidades, por estar sobrecarregado emocionalmente.


4. Frustração e sensação de desvalorização:

A queixa de Joseph sobre estar no mesmo cargo por tanto tempo e sentir que seus esforços não são reconhecidos está ligada ao sintoma de exaustão emocional e desvalorização profissional, características típicas do Burnout. Isso resulta em uma perda de sentido no trabalho e uma sensação de frustração.


Estratégias organizacionais para o enfrentamento do Burnout


1. Oferecer apoio psicológico e acompanhamento médico:

Se o quadro de Burnout for confirmado, uma das primeiras ações seria oferecer a assistência psicológica ao colaborador, por meio de programas de apoio psicológico ou terapia. Isso poderia incluir a oferta de consultas com psicólogos ou terapeutas especializados no tratamento do estresse e da síndrome de Burnout. O apoio emocional ajuda o colaborador a lidar com os sintomas e a desenvolver mecanismos de enfrentamento mais saudáveis.


2. Reavaliar a carga de trabalho e oferecer mudanças no ambiente profissional:

O estresse causado pela sobrecarga de trabalho e pela falta de reconhecimento pode ser combatido com a redistribuição de tarefas e a promoção de oportunidades de crescimento profissional. Caso Joseph se sinta estagnado em sua posição, poderia ser interessante oferecer novos desafios ou responsabilidades, dando-lhe a chance de se sentir mais valorizado e engajado no trabalho. A redução da carga de trabalho também pode ser uma medida, a fim de diminuir o estresse diário.


3. Promoção de um ambiente de trabalho colaborativo e saudável:

Para prevenir o Burnout e apoiar a recuperação de quem já está afetado, seria importante implementar estratégias de engajamento e bem-estar no ambiente organizacional. Isso inclui fomentar uma cultura de reconhecimento, onde os colaboradores sejam valorizados pelas suas contribuições, e promover atividades de integração e apoio social, como workshops de gestão do estresse e programas de bem-estar físico e mental. Incentivar pausas regulares, oferecer programas de mindfulness ou meditação, e criar uma atmosfera de apoio mútuo são fundamentais para um ambiente saudável.


C) Estratégia individual de enfrentamento do Burnout

Se eu me encontrasse nas mesmas condições de Joseph, enfrentando o esgotamento emocional causado pelo excesso de trabalho e a sensação de desvalorização, eu adotaria uma estratégia multifacetada para lidar com essa situação. Primeiramente, procuraria reconhecer o meu estado emocional e entender que esse esgotamento não é um sinal de fraqueza, mas sim uma reação a condições adversas de trabalho. Em seguida, buscaria apoio emocional, seja por meio de terapia individual, grupos de apoio ou conversas com familiares e amigos próximos. O suporte psicológico é essencial para tratar de questões como a ansiedade e a frustração, ajudando a encontrar formas de lidar com as emoções de maneira mais equilibrada. Paralelamente, adotaria práticas de autocuidado, como a prática regular de exercícios físicos, alimentação equilibrada e momentos de descanso, fundamentais para recuperar a energia física e mental.

Uma das atitudes mais importantes seria conversar abertamente com meu gestor sobre o que está me afetando, buscando esclarecer as causas da minha frustração e sugerir ajustes na carga de trabalho, talvez com uma redistribuição de tarefas ou a inclusão de novos desafios que me motivassem mais. Ao estabelecer um diálogo honesto, espero não só aliviar a pressão interna, mas também promover mudanças no ambiente de trabalho que favoreçam o meu bem-estar.

Por fim, adotaria a prática de estabelecer limites entre a vida profissional e pessoal.

Tentaria evitar levar o estresse do trabalho para casa, ao mesmo tempo que procuraria espaço para atividades que me proporcionassem prazer, como hobbies e convivência com minha família. Encontrar equilíbrio entre as responsabilidades do trabalho e os momentos de lazer seria fundamental para preservar minha saúde mental a longo prazo.

Essas estratégias, combinadas com a conscientização e a ação para melhorar o ambiente de trabalho, ajudariam no processo de recuperação do Burnout, restabelecendo minha motivação e satisfação profissional.



Trabalho realizado por Mateus de Souza Cordeiro para o curso de Serviços Jurídicos e Notariais para a instituição Unicesumar. (2024). Matéria: PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL.

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