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Formas consensuais de resolução de conflitos

O que é um conflito?

No meio jurídico, um conflito é uma situação de discordância ou disputa entre duas ou mais partes que envolve interesses, direitos ou obrigações. Esses conflitos podem surgir em diversas áreas, como contratos, propriedade, família, trabalho, entre outras.

Os conflitos jurídicos podem ser classificados em:

1. Conflitos de interesses: Quando as partes têm objetivos ou desejos que se opõem.

2. Conflitos de direitos: Envolvem a alegação de direitos legais que uma parte reivindica em relação à outra.

A resolução desses conflitos pode ocorrer através de diversos métodos, como os que serão mencionados adiante, que buscam restaurar a ordem e garantir que os direitos de todas as partes sejam respeitados.

Existem formas fáceis de resolver?

Sim, existem várias formas simples e eficazes de resolver conflitos fora da esfera judicial. Aqui estão algumas:

Negociação Direta, Mediação, Conciliação, Diálogo Aberto, Compromisso, Uso de Técnicas de Comunicação Não Violenta (CNV), Grupos de Apoio ou Facilitação.

Essas abordagens muitas vezes são mais rápidas e menos custosas do que o litígio, além de promoverem um ambiente de cooperação e respeito.


Quais os benefícios de resolver conflitos fora da esfera judicial?

Resolver conflitos fora da esfera judicial oferece diversos benefícios, como:


1. Economia de Tempo: Processos judiciais podem ser longos e demorados. Métodos alternativos costumam ser mais rápidos;

2. Redução de Custos: A resolução extrajudicial geralmente envolve menos despesas, evitando honorários advocatícios altos e taxas judiciais;

3. Flexibilidade: As partes têm mais liberdade para escolher o método e o formato da resolução, permitindo soluções criativas e personalizadas;

4. Confidencialidade: Processos extrajudiciais podem ser mantidos em sigilo, o que é especialmente importante para questões sensíveis;

5. Preservação de Relacionamentos: Métodos como mediação e negociação promovem a comunicação e a colaboração, ajudando a manter ou até fortalecer os relacionamentos entre as partes;

6. Maior Satisfação: As partes têm mais controle sobre o resultado, o que pode levar a soluções que atendem melhor às suas necessidades e interesses;

7. Foco na Colaboração: A resolução extrajudicial frequentemente incentiva uma abordagem colaborativa, onde as partes trabalham juntas para encontrar uma solução;

8. Menos Estresse: Evitar o ambiente adversarial dos tribunais pode resultar em um processo menos estressante e mais pacífico.

Esses benefícios tornam a resolução de conflitos fora da esfera judicial uma opção atraente para muitas situações.


FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS


LITÍGIOS JUDICIAIS 

Processo formal onde um juiz decide a

questão. Envolve etapas como petição

inicial, audiências e sentença.


Exemplo: Um caso em que uma empresa

processa outra por quebra de contrato.

O juiz analisa as provas e decide quem

tem razão, emitindo uma sentença.


NEGOCIAÇÃO

As partes discutem diretamente para

encontrar uma solução que atenda

seus interesses, sem intervenção de

terceiros.


Exemplo: Um empregado e seu empregador têm

um desentendimento sobre uma

promoção. Eles se reúnem para discutir

diretamente suas posições e chegam a

um acordo sobre os termos da

promoção.


CONCILIAÇÃO

Semelhante à mediação, mas o

conciliador pode sugerir soluções e

busca um acordo mais ativo entre as

partes.


Exemplo: Em uma disputa de vizinhança sobre

cercas, um conciliador escuta os

argumentos de ambas as partes e

sugere uma solução, como um novo

alinhamento da cerca que atenda aos

interesses de ambos.


MEDIAÇÃO

Processo em que um mediador ajuda

as partes a chegarem a um acordo,

promovendo o diálogo e a

compreensão mútua.


Exemplo: Duas empresas disputam a divisão de

royalties de um produto. Elas recorrem

a um mediador que facilita a

comunicação e ajuda a encontrar uma

solução que atenda ambas.


ARBITRAGEM

As partes escolhem um árbitro ou um

tribunal arbitral para resolver a disputa

de forma vinculativa, geralmente fora do

sistema judicial.


Exemplo: Um contrato entre duas partes estipula

que qualquer disputa será resolvida por

um árbitro. Quando surge um conflito,

eles vão a um árbitro especializado, que

toma uma decisão vinculativa.


PONTOS EM COMUM ENTRE AS FORMAS DE

RESOLUÇÃO DE CONFLITOS


As formas de resolução de conflitos no meio jurídico, como mediação, conciliação e arbitragem, têm alguns pontos em comum:

1. Autonomia das partes: As partes envolvidas têm liberdade para escolher como resolver seu conflito e podem influenciar o resultado;

2. Busca por soluções colaborativas: Essas abordagens visam encontrar uma solução que atenda aos interesses de todos, ao contrário do modelo adversarial;

3. Confidencialidade: Muitas dessas modalidades garantem que o que é discutido permaneça em sigilo, incentivando a sinceridade nas negociações;

4. Celeridade: Geralmente, são mais rápidas do que o processo judicial tradicional, permitindo que as partes cheguem a um acordo mais rapidamente;

5. Custos menores: Podem ser menos onerosas do que o litígio judicial, tanto em termos de honorários advocatícios quanto de tempo;

6.Envolvimento de um terceiro neutro: Em mediação e arbitragem, por exemplo, há a presença de um facilitador ou árbitro que ajuda as partes a chegarem a um acordo.


Trabalho realizado por Mateus de Souza Cordeiro para o curso de Serviços Jurídicos e Notariais para a instituição Unicesumar. (2024). Matéria: FORMAS CONSENSUAIS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS.


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