Ao longo do século XVII, colonos de São Paulo e vilas vizinhas assaltaram centenas de aldeias indígenas de várias regiões, e os colocaram em suas próprias fazendas e sítios para realizar o trabalho forçado e obrigatório. Essas ações alimentaram o crescimento da mão de obra indígena. Os paulistas sempre buscavam assegurar um lugar de destaque quanto a divulgação da história de como foi o bandeirismo, ou seja, de forma defensiva.
Os paulistas com suas expedições sempre tiveram como objetivo usar da mão de obra indígena para tocar os empreendimentos agrícolas. Ao longo do tempo se mudou as formas de apresamento dos indígenas. Essas mudanças estavam relacionadas a geografia do local, da distância, do custo e das formas de reação dos indígenas.
Por muito tempo os paulistas realizaram o apresamento de indígenas Guaranis, porém chegou um período que isso se tornou difícil, principalmente por conta de uma epidemia de varíola na década de 1660. Após isso, os colonos modificaram suas estratégias de apresamento. O crescimento da lavoura foi estimulado, e o apresamento da mão-de-obra indígena foi o maior nesse período.
O objetivo das expedições eram principalmente o apresamento dos indígenas, sem a exploração de riquezas minerais. Muitos colonos participaram das expedições para alcançar riqueza com o descobrimento de prata, mas a vasta maioria só pensavam em expandir a posse de escravos. Quando a coroa começou a criar leis e decretos proibindo o cativeiro indígena, os colonos criaram formas de burlar.
O objetivo dos paulistas era retirar os indígenas que habitavam o sul e o sudeste de São Paulo. Indígenas de tribos inimigos também ajudavam os paulista a aprisionarem outros indígenas. A medida que crescia a demanda por escravos, também crescia a violência para conseguir escravos indígenas.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra : índios e bandeirantes nas origens de São Paulo / John Manuel Monteiro. - São Paulo: Companhiadas Letras,1994.
Texto elaborado por Mateus de Souza Cordeiro para a matéria de Brasil II, do 1⁰ ano do curso de licenciatura em história da Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR, ministrada pelo Profº Drº Marcos Meinerz.
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