Pular para o conteúdo principal

Análise do capítulo 2 do livro "Negros da Terra"

Imagem: capa do livro Negros da Terra, de John Manuel Monteiro. 1994.


  Ao longo do século XVII, colonos de São Paulo e vilas vizinhas assaltaram centenas de aldeias indígenas de várias regiões, e os colocaram em suas próprias fazendas e sítios para realizar o trabalho forçado e obrigatório. Essas ações alimentaram o crescimento da mão de obra indígena. Os paulistas sempre buscavam assegurar um lugar de destaque quanto a divulgação da história de como foi o bandeirismo, ou seja, de forma defensiva. 

 Os paulistas com suas expedições sempre tiveram como objetivo usar da mão de obra indígena para tocar os empreendimentos agrícolas. Ao longo do tempo se mudou as formas de apresamento dos indígenas. Essas mudanças estavam relacionadas a geografia do local, da distância, do custo e das formas de reação dos indígenas.

 Por muito tempo os paulistas realizaram o apresamento de indígenas Guaranis, porém chegou um período que isso se tornou difícil, principalmente por conta de uma epidemia de varíola na década de 1660. Após isso, os colonos modificaram suas estratégias de apresamento. O crescimento da lavoura foi estimulado, e o apresamento da mão-de-obra indígena foi o maior nesse período.

 O objetivo das expedições eram principalmente o apresamento dos indígenas, sem a exploração de riquezas minerais. Muitos colonos participaram das expedições para alcançar riqueza com o descobrimento de prata, mas a vasta maioria só pensavam em expandir a posse de escravos. Quando a coroa começou a criar leis e decretos proibindo o cativeiro indígena, os colonos criaram formas de burlar.

 O objetivo dos paulistas era retirar os indígenas que habitavam o sul e o sudeste de São Paulo. Indígenas de tribos inimigos também ajudavam os paulista a aprisionarem outros indígenas. A medida que crescia a demanda por escravos, também crescia a violência para conseguir escravos indígenas.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 


MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra : índios e bandeirantes nas origens de São Paulo / John Manuel Monteiro. - São Paulo: Companhiadas Letras,1994.



Texto elaborado por Mateus de Souza Cordeiro para a matéria de Brasil II, do 1⁰ ano do curso de licenciatura em história da Universidade Estadual do Paraná, UNESPAR, ministrada pelo Profº Drº Marcos Meinerz.

Comentários

MAIS ACESSADA

Infográfico: Getúlio Salerno

Todas as informações disponibilizadas neste infográfico possuem fonte, como está descrita acima, e fazem parte de um trabalho universitário realizado pelo discente Mateus de Souza Cordeiro da matéria História e Divulgação Científica guiada pelo Prof Dr Marcos Meinerz.

Leonidas Cordeiro, o primeiro professor de Santa Maria do Oeste, no Paraná

Imagem: Professor Leonidas Cordeiro, o primeiro a esquerda, junto de seus alunos. Fonte: Acervo pessoal da Família Cordeiro Nasceu em São José dos Pinhais, a época municipio de Curitiba - Paraná, no dia 06 de fevereiro de 1899. Filho de João Cordeiro e Catharina Cordeiro, ambos naturais do Paraná. Por volta do ano de 1929, mudou-se para a região de Pitanga - Paraná, onde aos 30 anos casou-se com a jovem Rosalina Morais, de apenas 15 anos. Rosalina era filha de Antonio Morais da Silva e de virgilia Maria de Morais, sendo esta, filha de Ignácio Martins, e irmã de Virgilio Martins de Morais, ambos pioneiros da cidade de Santa Maria do Oeste - Paraná. Do matrimônio de Leonidas e Rosalina nasceram os filhos: Lourdes, Diomar, João Maria, Ledi Terezinha, Antônio, Leonidas Filho, Nelson e Vilson.    Em 1937, em Santa Maria do Oeste (na época assim como Pitanga, eram subordinadas e dependiam de Guarapuava para obter recursos) já haviam inúmeras crianças que dependia de escola par...

Poema concreto. O músico e o violoncelo.

Seguro seu braço negro, com minhas mãos e meu sentimento grego, enquanto encosto seu corpo ao meu em segredo, seguro suas curvas, cabelos e percebo, o quanto é bom ouvir sua voz de receio ao me dizer que anceio te tocar novamente e releio sobre o meu doce violoncelo. Seus lindos cabelos produzem melodia, capaz de surgir o dia, Quando toco seus cabelos, todo o meu sofrimento adia, Toda a dor tardia, uma vez se torna uma alegria, que agia em um novo músico que cada dia nascia. Poema concreto realizado por Mateus de Souza Cordeiro para a matéria de língua portuguesa, do Colégio Estadual Unidade Polo, ministrada pela professora Camila Soares dos Santos. (09/05/2016).